Único demitido por Andrés, Adilson aproxima São Paulo do título

 

Em quase quatro anos como presidente do Corinthians, Andrés Sanchez só abriu uma exceção em sua convicção de manter treinadores, com Adilson Batista, durante o Campeonato Brasileiro de 2010. Nesta quarta-feira, o dirigente terá pela frente o único técnico que demitiu, e que hoje é exaltado pelo São Paulo por mantê-lo mais próximo da liderança da liga nacional.

 

Quando assumiu o Tricolor do Morumbi, o técnico tinha a missão de levar um clube, que já ocupava o segundo lugar, a tirar uma desvantagem de seis pontos para o próprio Timão, que era o dono da posição mais alta da tabela. Dois meses depois, ultrapassou o arquirrival e, agora, está a somente um ponto do novo primeiro colocado, o Vasco.

 

Situação completamente diferente da que vivia há menos de um ano no Parque São Jorge. À frente do clube, Andrés Sanchez só havia dispensado Nelsinho Baptista quando o contrato do treinador no rebaixamento da equipe, em 2007, já havia sido encerrado – o clube optou por não renová-lo. Depois, Mano Menezes ficou dois anos e meio no cargo até assumir a Seleção Brasileira e ser substituído por Adilson – posteriormente trocado por Tite.

 

Exceção que não faz o técnico pedir vingança aos seus comandados no São Paulo. "A conversa do Adilson conosco é normal. Ele sabe da qualidade do Corinthians, fala que é um excelente time, mas pede para encararmos como se fosse mais um clássico, mais um jogo importante. Com certeza não tem nenhuma mágoa, porque fala muito bem do Corinthians", contou Casemiro.

 

Mais tranquilo em um clube após, depois de Corinthians, ainda deixar Santos e Atlético-PR por conta de maus resultados, Adilson é considerado responsável pela campanha são-paulina no Campeonato Brasileiro, embora tenha assumido o time durante o torneio, no lugar de Paulo César Carpegiani.

 

"O grupo inteiro gosta muito e respeita o Adilson. Temos uma confiança enorme. Estamos brigando pelo título graças a ele", enalteceu Rhodolfo, com motivos particulares para aprovar o chefe. "Fica mais fácil para mim e para o João Filipe por ele ter sido zagueiro, me orienta mais", afirmou.

 

Casemiro concorda, mas sem esquecer a importância do elenco – falta de comando teria sido um dos problemas de Adilson no Corinthians. "O Adilson é um excelente técnico até mesmo fora de campo. Dentro, ele conversa muito, mas fora é fundamental e vem fazendo um excelente trabalho. Temos que lhe dar ênfase e parabéns, mas não se pode tirar o mérito da equipe, que vem fazendo um belo trabalho cumprindo o que ele pede."