Termina neste fim de semana o horário de verão

Um  sábado  mais  longo, com 25 horas de duração, vai marcar o final de mais  uma  edição  do horário brasileiro de verão para os habitantes de dez  estados  das  regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além do Distrito Federal.

À meia-noite de sábado (21) para domingo, os relógios deverão  ser  atrasados  em  60  minutos,  voltando a marcar 23 horas e repondo a hora que foi subtraída no dia 21 de outubro de 2014, quando a medida entrou em vigor.

 A  adoção  do horário de verão permite aproveitar melhor a luminosidade natural,  maior  nesta época do ano, aliviando as condições de operação do  sistema elétrico em um dos períodos de maior demanda, entre 18 e 21 horas – ou entre 19 e 22 horas durante a vigência da medida.

 O  alívio ocorre porque deixam de coincidir, no fim do dia, as demandas máximas  de  diferentes  classes  de  consumo: com um dia mais longo, a rotina  das  pessoas  é  antecipada,  e  o  acionamento  de chuveiros e geladeiras,  assim  como as atividades de comércio e indústria, ocorrem antes do acionamento da iluminação pública.

“Ao  evitar  a sobreposição da demanda máxima das diferentes categorias de  usuários, esse artifício ameniza a exigência sobre instalações como usinas,  subestações  e  linhas  de  transmissão  em momentos de grande demanda   simultânea,   garantindo   mais   segurança   operacional   e confiabilidade  ao  funcionamento  do conjunto”, esclarece o engenheiro Nelson Cuquel, do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel.

 No sistema elétrico operado pela Copel no Paraná, o resultado observado durante  o  tempo de vigência do horário de verão foi uma redução média da  ordem  de  4,8%  sobre  os  níveis máximos de demanda, retirando do sistema  elétrico  235  MW (megawatts) de potência no final do dia. Tal alívio equivale a retirar do sistema elétrico, no horário de ponta, uma cidade como Maringá, de 391 mil habitantes.

 HORÁRIO  DE  PONTA  – Nos últimos anos, o uso intensivo de aparelhos de refrigeração  durante  os  meses  quentes  deslocou  o período de maior consumo  de  energia  para  o  início  da tarde, fora da abrangência do horário  de  verão.  Apesar disso, Cuquel esclarece que seus benefícios ainda justificam sua adoção.

“O  aumento  significativo  do custo de geração torna cruciais todas as medidas  que  tornem  mais eficiente a operação do sistema, como ocorre com  o  horário de verão, que é efetivo na folga que confere ao sistema elétrico  no  período  de grande demanda do fim da tarde”, afirma. “Ele permite,  assim,  gerar  menos energia para atender as mesmas cargas, o que  vem  em  benefício dos reservatórios das usinas, que passam por um momento  bastante  desfavorável, e reduz a geração térmica, mais cara e poluente”.

 Quanto  ao  uso  de  aparelhos de ar-condicionado e similares, a melhor medida  que  temos  à  mão,  segundo  Cuquel,  é  o  uso  consciente  e inteligente destes equipamentos, evitando o desperdício de energia.

 REGRAS  – A história do horário de verão no Brasil teve início em 1931, durante  o  governo  de  Getúlio  Vargas, mas só veio a se converter em medida  regular  e habitual a partir de 1985. Antes disso, a medida era adotada  de  forma  eventual,  tendo  sido decretada em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967.

Em  2009,  a Presidência da República estabeleceu regras determinando a área  de abrangência, época de início e de término do horário de verão. Conforme o Decreto 6558/2008, a medida vale para os estados das regiões Sul,  Sudeste  e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal, e deve ter início  no  terceiro  domingo  de  outubro  de cada ano. O encerramento acontece  no  terceiro  domingo  de  fevereiro  do ano seguinte, exceto quando  este  for  o domingo de Carnaval. Neste caso, o encerramento do horário de verão é sempre postergado para o domingo seguinte.

Fonte: COMUNICAÇÃO COPEL / Regional Norte