Onda de greves ameaça as eleições no Paraná
Pelo menos duas greves podem alterar a organização das eleições deste ano no Paraná e outros estados do país. Os trabalhadores dos Correios e da Justiça Federal/Eleitoral estão em estado de greve e marcaram assembleias para a semana de véspera das eleições.
A condição aprovada pelos funcionários dos Correios do Paraná (Sinticom-PR) ameaça as eleições por causa da distribuição das urnas em todos os 399 municípios do Paraná que pode ser prejudicada por uma eventual paralização. Faltam pouco mais de duas semanas para o dia 5 de outubro e o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná aprovou na noite da última quarta-feira a realização de uma assembleia para o próximo dia 23, 12 dias antes da eleição.
Já os funcionários da Justiça Federal aprovaram uma paralização de 24 horas para o dia 24 de setembro. Uma assembleia realizada nesta data também pode deflagrar uma greve por tempo indeterminado.
A Justiça Eleitoral depende das duas categorias para realizar as eleições. Todos os fóruns têm seu depósito de urna e a Justiça depende dos Correios na véspera e no dia da eleição para levar as urnas aos locais votação no sábado e recolher no domingo.
Os pontos de votação e todo o sistema de apoio técnico contam com os funcionários da justiça Eleitoral e, por isso, o sindicato da Justiça Federal espera contar com a presença dos colegas do Poder Judiciário para aumentar a pressão sobre o presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski pela aprovação do novo plano de cargos e salários. Os representantes das duas categorias envolvidas com a organização das eleições afirmam que período das mobilizações é parte de um calendário de reivindicações pré-definido.
Plano —
Os trabalhadores da Justiça Federal, Eleitoral e do Trabalho têm o mesmo plano de cargos e salários e o Sindicato dos Servidores da Justiça Federal do Paraná (Sinjuspar) quer que o STF encaminhe o Plano 7920/2014 e pressione a aprovação no Congresso Nacional. O coordenador-geral do Sinjuspar, Paulo Cezar Silva dos Santos, afirma que as eleições podem ser prejudicadas se os servidores aderirem à greve.
“Os funcionários da Justiça Eleitoral foram convidados e estão em período de arroxo por caso do trabalho; nós vamos fazer o trabalho de convencimento para mostrar que eles devem aderir ao movimento”, anuncia.
A data escolhida para pressionar o STF e o Congresso faz parte de um calendário decidido pela Federação Nacional do Judiciário Federal e o coordenador do Sinjuspar garante que não pretendia usar o período eleitoral a favor do andamento das negociações. “Os servidores não têm data base como a iniciativa privada e esse plano é para recompor as perdas desde 2006, a data já estava estabelecida”, afirma..
FONTE – BEMARANA