No Paraná, 64% dos torcedores preferem clubes de fora
O Estado do Paraná é o 5º colocado no ranking nacional da CBF. Tem dois títulos brasileiros e três clubes que passaram a maior parte da história na primeira divisão nacional. Mesmo assim, a maioria dos paranaenses dá pouca importância a essa tradição.
O Estado do Paraná é o 5º colocado no ranking nacional da CBF. Tem dois títulos brasileiros e três clubes que passaram a maior parte da história na primeira divisão nacional. Mesmo assim, a maioria dos paranaenses dá pouca importância a essa tradição.
Pesquisa da Pluri Consultoria, divulgada ontem, mostra que 33% dos 10 milhões de paranaenses não torcem para nenhum clube de futebol. Nesse ranking, o Paraná é o 10º colocado entre os estados. Os líderes são o Rio Grande do Sul, com 90% de torcedores declarados, o Rio de Janeiro, com 87%, e Santa Catarina, com 87%.
A pesquisa ouviu 10.545 pessoas de 144 cidades em todas as regiões do País e usou também dados do censo do IBGE.
A média nacional de interesse pelo futebol também é bem superior à demonstrada no Paraná. São 79% de brasileiros que torcem para algum clube. "(O Paraná) é o único estado entre os 8 principais do país que apresenta um nível acima da média nacional de desinteresse por algum clube", afirma o economista Fernando Pinto Ferreira, responsável pela pesquisa da Pluri Consultoria.
Outro destaque negativo é a preferência por clubes de fora. Entre os 7 milhões de paranaenses que torcem para algum clube, apenas 35,6% deles escolhem equipes do Estado. Os demais 64,4% preferem times de outros estados. A média nacional é de 44,4% para clubes do próprio estado e 55,6% para times de fora.
Nesse quesito, o campeão é o Rio Grande do Sul, com 97,2% fiéis aos clubes gaúchos. O Rio de Janeiro fica em segundo lugar, com 96%, seguido por São Paulo, com 94,8%, Minas Gerais, com 63,4%, e Pernambuco, com 60,4%. "Estes são os únicos cinco estados em que a torcida prefere mais os times locais do que os times de fora, mais uma mostra da tendência à concentração de torcidas no País", diz Fernando Pinto Ferreira, da Pluri.