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HOJE NA HISTÓRIA – 16 de junho de 1963 – O triste fim de Lamartine Babo

triste_fim_e_lamartineLamatirne Babo, 59 anos, morreu vítima de uma crise cardíaca. Uma modesta casa na Tijuca, um título de sócio do América e poucos mil cruzeiros mensais de direitos autorais são os bens materiais deixados pelo artista, constituídos em 45 anos de atividades artísticas e uma bagagem musical de mais de 400 obras.

Compositor e letrista, Lamartine de Azevedo Babo nasceu no centro do Rio. Aos 13 anos, compôs Torturas de amor, sua primeira valsa, inaugurando um repertório impecável. Em 1924, estreou no teatro musicado e, cinco anos depois, na Rádio Educadora. Na década de 30, fez marchinhas e sambas que se tornaram clássicos do Carnaval, como Teu cabelo não nega, Mulata (1932), Linda morena (1933), Rasguei minha fantasia (1935) e Grau dez (1935). Dono de um estilo próprio, marcado pelo humor, escreveu também músicas juninas como Chegou a hora da fogueira (1933) e Isto é lá com Santo Antônio (1934). Lamartine produziu ainda vários sambas-canções e brilhou compondo hinos de clubes de futebol – entre eles o de seu clube do coração, o América – cantados apaixonadamente pelos torcedores do Brasil inteiro.