Riad Braga Farhat assume cargo de delegado-geral da Polícia Civil do PR

O delegado Riad Braga Farhat assumiu na manhã desta segunda-feira (29) o cargo de delegado-geral da Polícia Civil do Paraná. Farhat substitui Marcus Vinícius Michelotto, que participou da cerimômia de posse e afirmou estar feliz por ter ocupado o cargo durante dois anos e meio. Ele se colocou à disposição para contribuir com a instituição, além de dizer que continuará exercendo a função de policial civil e que quer colaborar com a gestão de Farhat.

“Combater à criminalidade, melhorar vários aspectos da Polícia Civil e dar melhores condições para nossa principal função, que são as investigações”, disse Farhat nesta segunda-feira sobre os desafios do cargo de delegado-geral da Polícia Civil.
Em relação ao caso da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, encontrada morta em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, Farhat garantiu “confiar demais” nos delegados que estão conduzindo as investigações. “Vamos atrás da verdade. Não posso prometer uma solução, seria leviano. Há crimes difíceis de serem solucionados, mas nós vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para que injustiças não sejam cometidas”.
No dia 23 de julho, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Cid Marcus Vasques, havia afirmado que o caso Tayná interferiu na saída de Michelotto.
A cerimônia de posse foi realizada às 10h30 desta segunda-feira no Canal da Música, em Curitiba. Antes de assumir o novo cargo, Farhat era responsável pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc).
Relembre o caso
A garota Tayná desapareceu no dia 25 de junho foi encontrada morta em um matagal de Colombo três dias depois. Quatro homens, que trabalhavam em um parque de diversão do município, foram considerados suspeitos e presos. A polícia chegou a afirmar que o grupo havia confessado a autoria do crime, porém, mais tarde, depois de uma conversa com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e de depoimentos ao Ministério Público (MP) Estadual, os quatro disseram que assumiram o crime porque foram torturados. A Justiça ordenou a prisão de 14 pessoas, incluindo, um delegado, policiais e guarda municipal. Os quatro suspeitos foram inseridos no Programa de Proteção a Testemunhas.
Divergência
O secretário também havia dito que não tinha como negar que as investigações conturbadas geraram uma crise na Polícia Civil. “Mas todas as medidas que deveriam ser tomadas no âmbito da segurança pública, (…) no sentido de reprimir a atuação dos maus policiais, foram intimadas em um curto prazo. Essas medidas agora, de cunho administrativo, vêm para que a correção de rumos seja reestabelecida”, argumentou. Vasques destacou ainda que a divergência em relação à linha de investigação foi detectada na própria Segurança Pública. “Foi a Polícia Científica que detectou essa divergência”, lembrou.
 
 
 
FONTE – G1