Eu Repórter na Cabiúna: Cimeira de Davos
O capitalismo teve o seu inicio na Europa entre os séculos XI ao XV, com a transferência do centro da vida econômica, social e politica dos feudos para as cidades. Com a catástrofe demográfica causada pela Peste Negra e pela fome que assolava o povo que dizimou 40% da população europeia, o sistema feudal passava por uma grave crise. Com as Cruzadas, o comércio foi reativado e, promoveu um imenso desenvolvimento urbano e comercial, as relações capitalistas se multiplicaram, acabando com as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo.
Sob este regime o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. As revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa, estavam garantindo o triunfo do capitalismo.
A sociedade encontra-se em pleno século XXI e, segundo Merval Pereira, comentando os painéis de debates do Fórum Mundial em Davos : os “senhores do Universo”, não encontraram as mudanças necessárias ao sistema capitalista. O que se procura é fazer com que o capitalismo volte a ser percebido pelas populações como um sistema econômico que produz riqueza e bem-estar, em vez de ser um sistema que fomenta a ganância e permite o lucro fácil, alimentando-se de desigualdade e aproveitando-se dos mais pobres para favorecer os mais ricos.
(.) O megainvestidor George Soros deu uma entrevista à “Newsweek” prevendo rebeliões nas ruas das principais cidades do mundo.
A democracia, que surge como uma vaga promessa com a Primavera Árabe, paradoxalmente já é contestada em diversos países ocidentais como incapaz de fazer frente às necessidades do mundo moderno de representatividade e inclusão social.
(.) … houve quem ressalvasse que a democracia não se resume à realização de eleições periódicas, mas principalmente ao funcionamento das instituições públicas.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, que participou do debate, saiu em defesa da tese de que eleições, por si só, representam muito em países como a Tunísia e Egito, que não as realizavam há décadas.
Só o fato de os novos governos serem escolhidos pelo voto popular direto, disse Patriota, já significa um salto grande na cidadania desses países.
(.) O professor da Universidade Columbia, em Nova York, sintetiza em seu artigo o que está no ar aqui no Fórum Econômico Mundial : “O capitalismo está arriscado a falhar nos dias de hoje não porque lhe falte inovações, ou porque os mercados não estejam conseguindo inspirar ações particulares, mas porque perdemos a visão das falhas operacionais da gula desenfreada.
“Estamos negligenciando uma torrente de falhas do mercado em infraestrutura, finanças e meio ambiente.
“Estamos destruindo a Terra como se de fato fôssemos a última geração. Estamos envenenando nossos próprios apetites através de vícios de bens de luxo, cirurgias cosméticas, gorduras e açúcar, assistindo à TV, e outras automedicações de escolha e persuasão.
“E nossas políticas são cada vez mais perniciosas, já que alteramos completamente decisões políticas no maior lance dos lobbies, e permitimos que os grandes interesses financeiros passassem por cima dos controles reguladores”.
São afirmações dos “senhores do Universo” logo, devem ser analisadas e reanalisadas para “aumentarmos a visão” para um mundo globalizado ! !.
Mesmo no rincão bandeirantense, qualquer desvio da Democracia como: Democracia Feudal ou Absolutista, deve se execrada.
Paulo Rensi
Bandeirantes – PR