Em duas semanas, Paraná registra 443 novos casos de dengue
Números da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgados ontem, mostram que os casos de dengue no Paraná quase dobraram em apenas duas semanas de fevereiro. Até a sexta semana do ano eram registrados 530 casos da doença no Estado.
No boletim de ontem, com dados coletados até a sexta-feira da semana passada, já eram 973 casos, ou 443 novas ocorrências em relação ao boletim anterior. Amanhã, a Sesa e a Defesa Civil Estadual começam o mutirão para conscientizar a população sobre os riscos da doença, sua forma de transmissão e os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Dos 973 casos da doença confirmados, 806 eram autóctones — casos cuja infecção ocorreu dentro do Estado — e 167 casos importados.
Comparado ao último boletim, mais que dobrou os casos contraídos dentro do Estado. Foram 407 casos a mais. O boletim divulgado no dia 25 de fevereiro trazia 399 registros autóctones. “Esses números reforçam a importância das campanhas de mobilização desenvolvidas pelo governo do Estado”, afirmou o secretário de Saúde, Gilberto Martin. Das 22 Regionais de Saúde no Paraná, dez apresentaram casos autóctones. A região de Maringá concentra o maior número de casos autóctones (297), seguida por Foz do Iguaçu (211), e Londrina com 104 casos. Até o momento foram registrados dois casos de febre hemorrágica por dengue e um caso de dengue com complicação. Uma pessoa morreu.
Dos 399 municípios, 53 apresentaram autóctones de dengue. Sendo o município de Paranacity, próximo a Maringá, o que tem maior incidência, seguido por Primeiro de Maio, município próximo a Londrina.Dias D — Os dois primeiros sábados de março serão marcados por atividades de mobilização contra a dengue, em diversas regiões do Estado. Os chamados “Dias D”, de combate à doença, serão promovidos em 151 municípios, cujos índices de infestação do mosquito são considerados altos. O lançamento será amanhã, em Londrina, às 9 horas. As atividades ocorrerão em parceria da Secretaria da Saúde, com a Defesa Civil e os municípios. “A dengue é um problema sério e que mata.
Não há vacina contra a doença e a única forma de prevenção é eliminar os criadouros do mosquito, de forma rotineira. O mosquito não escolhe classe social”, enfatiza Martin.As atividades ocorrerão simultaneamente em diversos municípios do Estado, com o objetivo de mobilizar a população e o poder público no combate à doença. Nas atividades estão previstas distribuição de folhetos com orientações de prevenção da doença e sacos plásticos para o descarte de criadouros dos domicílios.
“A melhor maneira de acabar com a dengue é a prevenção. Para isso a mobilização social torna-se imprescindível, porque todo cidadão deve eliminar os criadouros do mosquito da dengue. Levantamentos apontam que 90% dos criadouros estão nas residências e nos quintais”, ressaltou Martin.