Doenças respiratórias: baixas temperaturas exigem cuidados elevados
O ar seco do inverno, somado à poluição, agrava as doenças típicas dessa época do ano. Tratar no momento certo ajuda a evitar complicações.
O inverno chegou e trouxe consigo um problema recorrente: o aumento da incidência de várias doenças respiratórias que podem causar grande desconforto ao paciente se não forem prevenidas ou tratadas adequadamente.
As enfermidades mais comuns dessa época do ano são as rinites e as infecções das vias aéreas superiores (IVAS), tais como resfriados comuns, sinusites e faringites. A rinite alérgica é considerada fator de risco para a asma. Segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (SBAI), 80% dos asmáticos também apresentam rinite alérgica que, se não for tratada da forma adequada, pode agravar as crises de asma.
Com a queda da temperatura, os sintomas se tornam mais importantes e comumente se manifestam como congestão nasal, coriza, espirros e coceira, além de causar irritações frequentes no nariz, garganta e olhos. As Infecções das Vias Aéreas Superiores, por sua vez, quase sempre são de origem viral e podem se manifestar como um simples resfriado, evoluindo até quadros mais graves, como a pneumonia bacteriana, que rapidamente pode progredir para uma obstrução das vias aéreas, impedindo a respiração.
As IVAS se destacam principalmente nesta época do ano, provocando altos índices nos atendimentos ambulatoriais, uma vez que, para evitar o frio, as pessoas se mantêm em ambientes fechados e sem ventilação, facilitando a transmissão dos agentes infecciosos respiratórios. De acordo com a médica, chefe da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Dra. Shirley Pignatari: “embora grande parte das IVAS seja autolimitada, cuidados gerais com a alimentação, hidratação e o tratamento preventivo e adequado, tanto das infecções respiratórias quanto das rinites alérgicas, podem reduzir a gravidade dos sintomas e diminuir o tempo da doença, evitando complicações”.
Entre as principais terapias disponíveis no Brasil para o tratamento destas doenças encontram-se a ciclesonida, um corticóide intranasal de ação rápida que atua especificamente no foco da rinite alérgica, e o Pelargonium sidoides, um fitomedicamento que, nos quadros de infecção aguda das vias respiratórias, estimula a resposta imunológica do organismo, facilitando a eliminação dos vírus e do muco. A especialista ressalta ainda a importância do acompanhamento médico para prevenir, tratar e ter um melhor controle dessas doenças. “Doenças simples também complicam”, ressalta a médica.