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Coritiba goleia, cala o Palmeiras e chega vinte e quatro vitórias seguidas

c_o_r_i_t_i_b_aO adversário era da elite nacional e pertencia a um grande centro. Mesmo assim, o Coritiba fez o que vem fazendo há tempos neste ano: venceu com sobras. Na noite de ontem, o time goleou o Palmeiras por 6 a 0, no Couto Pereira, em jogo que era considerado o primeiro grande teste do ano. De quebra, estendeu o recorde nacional de vitórias consecutivas – agora, são 24 triunfos. A partida era válida pelas quartas-de-final da Copa do Brasil.

 

Nos dias antes do jogo, o Palmeiras desdenhou do recorde coxa-branca. O volante Marcos Assunção chegou a dizer que a marca só foi estabelecida porque os adversários eram fracos. Ontem, porém, o time paranaense fez seis gols na equipe paulista, que até então tinha levado apenas 13 gols em 26 jogos e era, na média, a menos vazada dentro os 20 times da primeira divisão do país.

 

Com o triunfo, o Coritiba ficou muito perto da vaga às semifinais da competição. Só perderá a vaga se sofrer, na próxima semana, em São Paulo, uma goleada por seis ou mais gols de diferença. Se o time paranaense perder por seis gols, mas marcar um, classifica-se pelo critério dos gols fora de casa. Se o Palmeiras devolver o placar, a decisão será nos pênaltis. Numa semifinal, o adversário pode ser Flamengo ou Ceará.

 

O único problema do Coritiba é a baixa de Rafinha. O meia levou o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão no próximo jogo.

 

 

O jogo

 

O Coritiba jogou na formação de sempre e dominou o meio-campo, graças aos volantes Leandro Donizete e Léo Gago. Nos primeiros 10 minutos, foram três finalizações coxas-brancas. A terceira delas desvio na zaga e saiu em escanteio. E desse lance saiu o primeiro gol. Rafinha cobrou e Emerson cabeceou para dentro.

 

O Palmeiras, armado no 4-4-2, tentou responder com chutes de longe, mas errou o alvo. A combatividade coxa-branca no meio-campo deu novo resultado aos 22 minutos, quando Anderson Aquino desarmou um adversário, avançou e lançou Bill, que rolou para Davi marcar 2 a 0. O time ainda perdeu duas belas chances de ampliar – uma com Bill, salva por Marcos, e outra com Jonas, que perdeu um gol dentro da pequena área. Isso até os 44 minutos, quando Léo Gago, após 26 partidas e deenas de tentativas, enfim guardou uma bola nas redes adversárias neste ano. É bem verdade que o chute dele contou com um desvio providencial de Danilo para que encobrisse Marcos e entrasse à direita.

 

No segundo tempo, o Coritiba diminuiu o ritmo. E nos primeiros minutos ainda perdeu Pereira, que sofreu uma lesão muscular em um dos inúmeros desarmes. O Palmeiras, que veio a campo com duas mudanças – o volante Chico (ex-Atlético) no lugar do lateral João Paulo e o atacante Wellington Paulista (ex-Paraná) na vaga do meia Patrik –, ensaiou certa pressão. Mas bastou o time da casa ir ao ataque pela primeira vez que o quarto gol saiu, aos 11 minutos, com Bill, cobrando um pênalti que ele mesmo sofreu.

 

A tarefa coxa-branca ficou mais fácil a partir dos 18 minutos, quando Rivaldo deu uma cotovelada em Bill e levou um sumário cartão vermelho. Em seguida, o técnico Marcelo Oliveira trocou Rafinha (que já tinha cartão amarelo) por Geraldo e Leandro Donizete por Willian. Mesmo num ritmo mais lento, o time da casa manteve-se superior. E perdeu algumas chances de ampliar. Quando a etapa passou dos 45 minutos, o Coritiba marcou mais dois gols, em jogadas individuais de Geraldo (aos 46 minutos) e Anderson Aquino (aos 48). Estava selada a maior – e mais expressiva – goleada da temporada.

 

 

Coritiba

Edson Bastos; Jonas, Pereira (Cleiton), Emerson e Lucas Mendes; Leandro Donizete (Willian), Léo Gago, Rafinha (Geraldo), Anderson Aquino e Davi; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira

 

Palmeiras

Marcos; João Vitor (Chico), Leandro Amaro, Danilo e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Wellington Paulista) e Lincoln; Luan e Kléber. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

 

Gols: Emerson (11-1º), Davi (22-1º), Léo Gago (44-1º), Bill (11-2º), Geraldo (46-2º), Anderson Aquino (48-2º)

Cartões amarelos: Luan, João Vítor, Emerson, Léo Gago, Rivaldo, Rafinha, Cleiton

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)

Renda: R$ 848.620

Público: 28.870 (pagante), 31.278 (total)

Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba, quinta-feira