CAMBARÁ – Presidente de Câmara propõe salário de R$ 970 para vereadores

Cambará pode ser a segunda cidade do Norte Pioneiro a oficializar a diminuição dos subsídios de vereadores a partir de 2017. Uma proposta do presidente da Casa, Renato Rodrigues (FOTO) (PSB) prevê que os vereadores que assumirem seus mandatos daqui a um ano e meio tenha os vencimentos fixados em apenas 20% do que recebem hoje os nove vereadores.

Na semana passada, os nove vereadores de Santo Antônio da Platina, distante 36 quilômetros de Cambará, decidiriam baixar os salários da próxima legislatura de R$ 3,7 mil para R$ 970. A proposta original dos parlamentares platinenses era bem diferente da aprovada. A intenção era aumentar os subsídios de R$ 3,7 mil para R$ 7,5 mil, 114% de aumento. Porém a proposta só não foi aprovada, porque na votação do segundo turno, a população lotou a Casa e pressionou os vereadores que além de recuar apresentaram uma emenda baixando os salários para menos de R$ 1 mil.

Atualmente os representantes do Legislativo em Cambará recebem a cada mês pouco mais de R$ 5 mil. Conforme Renato Rodrigues, com a medida, além de promover uma economia substancial nas finanças da Câmara, se aprovado o projeto vai atrair apenas candidatos a vereador comprometidos com a cidade. “É a proposta da economia aliada ao comprometimento”, disse o vereador.

Rodrigues disse que concluiu o texto do projeto ontem, mas já protocolou a proposta na mesa diretiva da Câmara. Segundo ele, o projeto será apresentado no dia 3 de agosto, quando acontece a primeira sessão ordinária do Legislativo de Cambará após o recesso do meio do ano.

O presidente da Câmara informou que ainda não conversou com seus companheiros de plenário sobre o projeto, mas ele reconheceu que é difícil prever se a proposta será aprovada da forma original. “Isso nós só vamos ver quando ele for apresentado”, disse o presidente.

Conforme dados da Câmara de Vereadores de Cambará, ao final de 2015 serão gastos R$ 550 mil com salários e encargos dos vereadores. O orçamento da Casa para o mesmo período é de R$ 2 milhões. Segundo Renato Rodrigues, com o salário de R$ 970 os gastos com os parlamentares não vão ultrapassar R$ 104 mil, mais de 80% de economia somente com salários.

O presidente da Câmara também garantiu que não há qualquer proposta ou negociação para aumentar o número de cadeiras no plenário da Casa. Segundo ele, até agora o assunto não foi discutido com os outros vereadores, mas o presidente adiantou que se a proposta for apresentada ele é contra.

 

 

FONTE – TANOSITE