A droga e a família
Os Rumos da Droga
Criminalidade, males aos filhos e à família
As maleficências causadas pelo crack não atinge apenas os usuário da droga. Bebês de mãe usuárias têm sintomas da crise de abstinência, como dores no corpo, músculos enrijecidos e dificuldade para comer e dormir.
Outro alvo da droga são os adolescentes, que desde cedo entram para o mundo do crime para sustentar o vício. Um adolescente de 14 anos, que começou a usar crack aos 10, por influência dos amigos, conta que roubava da própria mãe. "A minha mãe fica muito preocupada. Sumiam as coisas e ela já sabia que era eu. Chegava em casa, ela brigava comigo, chorava à noite. Chora até hoje, por causa de mim", lembra ele, também chorando.
O caso dele, porém, é isolado. Depois dos pequenos furtos, muitos adolescentes vão parar na polícia. Algumas vezes, levados pelos próprios pais, que não têm mais condições de lidar com o problema. "[Os pais] vêm realmente pedir para tirar o filho do foco do consumo de droga, implorando para isolar o filho", revela Luciana de Novaes, delegada de adolescentes.
Segundo a presidente da Lar Bom Caminho, Nylcea Braga Maciel, demora de três a quatro meses para o recém nascido "ter um ritmo normal de mamar, de dormir, menos choro e menos dor". Quando as famílias não têm estrutura para receber as crianças de volta, elas são encaminhadas à adoção.
O jovem de 14 anos, por sua vez, faz tratamento em uma clínica. Segundo ele, a decisão de tentar largar o vício partiu por conta própria. "Até o dia que foi e eu peguei e falei pra mãe: ‘mãe, eu quero me tratar, mãe. Eu não quero mais ficar nessa vida’".
FONTE – Bem Paraná