Governo busca solução para retomada das atividades de multinacional em Cambará
O Governo do Paraná formou nesta terça-feira (17) uma força-tarefa para encontrar uma solução para a retomada da operação da General Mills em Cambará, no Norte Pioneiro. O vice-governador Darci Piana, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, e o secretário de Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, receberam o prefeito da cidade, Neto Haggi, e vereadores do município para discutir ações para garantir a manutenção dos empregos diretos e indiretos gerados pela multinacional de alimentos, a maior indústria da cidade de 26 mil habitantes.
No começo de janeiro, a General Mills, que em 2012 adquiriu a marca paranaense Yoki, instalada há mais de 40 anos em Cambará, comunicou que vai encerrar até o fim do ano a operação da planta. A produção será transferida para Pouso Alegre, em Minas Gerais, onde a empresa já tem uma sede.
O objetivo é tentar convencer a multinacional a continuar em Cambará. Caso não seja possível, o plano é atrair outra empresa do mesmo porte para a cidade e, assim, reequilibrar a situação.
Também participaram da reunião os deputados estaduais Luiz Claudio Romanelli e Michele Caputo, o deputado estadual eleito Luís Corti, o deputado federal eleito Nelson Padovani e o presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves, reunindo esforços de todas as esferas de gestão para que a planta industrial se mantenha ativa.
“Vamos procurar os diretores da empresa para tentar mudar essa decisão. Faremos um esforço conjugado com nossos deputados para avaliarmos a possibilidade de criarmos atrativos para que a empresa permaneça aqui. E independente disso já vamos em busca de outras empresas para manter os trabalhos e para isso mostraremos os diferenciais de Cambará e do Paraná. Vamos fazer um esforço redobrado”, disse Darci Piana.
Ricardo Barros afirmou que técnicos da Invest Paraná, agência estatal responsável pela captação de investimentos, já estão avaliando os custos logísticos que levaram a General Mills a decidir transferir a operação de Cambará, bem como alternativas caso a empresa realmente encerre as atividades. “Vamos nos esforçar para manter a operação dessa indústria em Cambará. Vamos tentar de alguma forma compensar esse custo logístico que eles alegaram na decisão. Se tivermos a ferramenta que permita essa compensação, talvez possamos solucionar a questão”, apontou.
O presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, afirmou que, após o diagnóstico dos técnicos da agência sobre a empresa será agendada uma reunião formal com os empresários. “Queremos saber se ela pode continuar na cidade, o que é o melhor dos mundos. Mas também já estamos preparados para buscar outras opções para esse espaço de cinco alqueires”, afirmou.
“O foco é a manutenção dos empregos, pois a geração de postos de trabalho no Paraná é uma das prioridades do Governo”, complementou o secretário Mauro Moraes.
A força-tarefa vai envolver também o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e a prefeitura de Cambará. “Em nome de Cambará, agradeço a preocupação do governo estadual com a nossa cidade. Estamos muito preocupados com o lado social, mas confiantes de que a semente plantada nessa reunião dê frutos”, disse o prefeito.