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Cadeirante entra na Justiça para ter melhor qualidade de vida e acessibilidade em Cornélio Procópio

cadeirantecadeirantes_11111O cidadão Aparecido Donizete Pereira que é cadeirante e há tempos reclama sobre a falta de acessibilidade de portadores de necessidades especiais que têm dificuldades em se locomover pelas calçadas e ruas de Cornélio Procópio, devido às rampas mal cuidadas e a inexistência dessas em pontos importantes no centro do município, como a própria Câmara de Vereadores e outros prédios públicos e comerciais, teve que entrar com uma ação no Ministério Público contra o município, pois a acessibilidade esta garantida na Constituição Brasileira conforme o decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004.
Donizete entrou com ação no dia 26 de junho de 2012 na promotoria pública sobre a falta de acessibilidade em Cornélio Procópio e somente no dia 1º de Março o inquérito foi instaurado.
 Donizete escreveu em sua página pessoal em um site de relacionamentos o seguinte: “Cornélio está atrasada em relação à acessibilidade, há anos a administração de nossa cidade só nôs enxerga, só nos dão valor em época de campanha política, onde nos prometem mudanças em relação à acessibilidade e acabam ganhando votos além do meu e de toda minha família pelas promessas que fazem. Espero que fazendo da forma que fiz, denunciando ao Ministério Público isso mude. Não faço isso apenas por mim, faço isso pelos idosos, pessoas com alguma deficiência motora, deficientes que moram longe do centro da cidade e ficam dependendo de táxi para vir receber aposentadoria ou vir ao médico, ou até mesmo vir passear no centro da cidade. Até aos 21 anos nunca imaginei que um dia estaria em uma cadeira de rodas e hoje estou”.
Em setembro de 2012, o CREA (Conselho Regional De Engenharia E Agronomia), enviou seus técnicos a algumas cidades no norte do Paraná, que avaliaram prédios e ruas. Quando se esperava que uma solução para o problema fosse imposta, pois o CREA prometia normas para que municípios visitados cumprissem para a melhoria de qualidade de vida do cidadão, a entidade se mostrou não estar a par dos problemas dos cadeirantes, criando apenas metas que se referem à agricultura do município.
Por outro lado, apesar das insistentes reclamações feitas pelo cadeirante ao poder executivo, até o momento nenhuma ação foi realizada e o poder legislativo que deveria fazer algo, não o fez, nem mesmo em sua própria sede, ficando somente nas promessas.
Donizete reclama também sobre o transporte coletivo urbano, que é obrigado a estar adaptado para cadeirantes.
Esta é a realidade de Cornélio Procópio, muita boa para quem pode andar com as próprias pernas, mas para o cidadão Donizete Pereira e outros portadores de necessidades especiais é um verdadeiro sofrimento, como também os idosos que ficam amontoados nos ônibus urbanos, podendo sofrer o risco de cair ao subir ou descer do coletivo, por este ser muito alto.
 
 
FONTE – ANUNCIFACIL