Eu repórter: Abandono de animais: BICHO NÃO É LIXO!
Posse responsável é quando uma pessoa resolve adquirir um animal de estimação, comprando-o ou adotando-o, e que planeja corretamente todos os cuidados necessários a este novo "membro da família", de acordo com suas possibilidades financeiras , de tempo para se dedicar ao animal ou mesmo de espaço físico para acomodação, higiene e lazer do bichinho. Um animal não é um brinquedo que pode ser descartado ou substituído quando não se quer ou não se pode mais cuidar.
Os animais de rua ficam expostos aos maus tratos e a acidentes, variações climáticas, bem como a inúmeras doenças que podem, inclusive, serem transmitidas a outros animais e aos seres humanos. As doenças transmissíveis dos animais ao homem são classificadas como zoonoses e têm, como fonte de transmissão, o simples contato da pele íntegra com o animal ou urina e/ou fezes, ou ainda através da picada de vetores. Dentre essas doenças, podemos citar a leptospirose ("doença da urina do rato"), a escabiose, que é o tipo de sarna mais comuns dos cães, a toxoplasmose, a raiva e a leishmaniose (estas duas últimas sem casos registrados em nossa região).
Existem também o risco de doenças e ectoparasitas transmitidos de animais de vida errante para outros animais. Destacam-se:
– As principais viroses (cinomose, parvovirose, traqueobronquite infecciosa canina…), podendo difundir-se através do ar, de objetos ou chão contaminados ;
– Ectoparasitas como sarnas, pulgas, carrapatos;
– Erlichiose e babesiose, que são doenças transmitidas pelo carrapato infectado e que podem causar inúmeros sintomas, dentre eles: febre, anemia profunda, icterícia e hemorragias;
– Tumor de Sticker, vulgo "TVT" – (Tumor Venéreo Transmissível), que é um tipo de tumor comumente em região genital de cães machos e fêmeas, e que pode ser transmitido pelo coito ou pelo simples contato entre mucosas, desta forma acometendo também área nasal, ocular ou oral.
É válido lembrar o outro lado da moeda, pois para se evitar o contágio dessas doenças, é importante também que os proprietários mantenham seus animais regularmente vacinados e nunca permitam que saiam sozinhos às ruas. O problema dos animais abandonados nas ruas somente se extinguirá se forem tomadas medidas conjuntas entre órgãos públicos e a sociedade. É importante que se realizem campanhas de conscientização da posse responsável, do controle de natalidade e superpopulação, além de campanhas de doação".
Para maiores dúvidas sobre o tema, procure o médico veterinário de seu animal de estimação ou mesmo se está pensando em adquirir um. Ele é a melhor pessoa para te orientar sobre os cuidados necessários para uma vida longa e de qualidade para seu mascote. Para contribuir com a diminuição de animais abandonados, escolha adotar um animal. Eles têm muito carinho para você e sua família. E lembre-se: BICHO NÃO É LIXO!
Renato Luiz Trindade.
Médico Veterinário – CRMV/PR 6717.
(43)8414-2909.