Paraná poderá ter mais 16 praças de Pedágio
Mais 16 pedágios poderão ser instalados no Paraná, conforme proposta dos engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), que alegam não haver alternativas para manter as estradas em boas condições de uso. Estudo da Associação dos Engenheiros do DER sugere um novo modelo de concessão: pedágios de conservação administrados pelo DER, sem fins lucrativos, que arrecadaria dinheiro apenas para garantir manutenção e sinalização adequada às estradas. "O pedágio é um modelo acertado para a conservação das rodovias. O que precisa ser questionado é quanto se paga por ele", diz o engenheiro Osmar Lopes, representante da associação.
O valor arrecadado com os 16 novos pedágios, se aceitos e implantados pelo governo, será de R$ 150 milhões: para a operação serão gastos R$ 50 milhões e sobram outros R$ 100 milhões para serem investidos em conservação. Mas o saldo é negativo em R$ 25 milhões caso o projeto de conservação se mantenha constante. O valor faltante teria de ser reembolsado pelo próprio DER. Hoje, o Paraná precisa investir, só em conservação, R$ 768 milhões anuais, ou seja, R$ 64 milhões por mês.
Clique no mapa e confira as novas praças
O pedágio é um tema ainda espinhoso no governo do Paraná por causa das estradas da liberdade (caminhos alternativos às rodovias pedagiadas), que não tiveram o sucesso esperado. Mas os próprios engenheiros do DER (órgão do estado) admitem que os pedágios são alternativa para o desenvolvimento do Paraná. As 16 praças seriam distribuídas por 1,4 mil quilômetros de estradas estaduais (veja lista no mapa). Usuários dividem opinião: alguns favoráveis, desde que a tarifa não seja elevada e as estradas realmente melhorem, e outros contra.
O projeto dos engenheiros recebeu o nome de Programa Rodoviário de Ações para o Crescimento Econômico-Social do Paraná (Prorodar), que além de tratar dos pedágios de conservação é um estudo aprofundado sobre a situação das rodovias do Paraná: mapeia pontos onde ocorrem mais acidentes, áreas críticas (e perigosas) que precisam ser melhoradas, novos investimentos em infra-estrutura (viadutos, duplicações), movimento das estradas e também restauração, sugerindo que pelo menos 3,8 mil quilômetros precisam de reparos e deveriam passar a ser primeira classe.