Lei da Cadeirinha entra em vigor hoje
A ausência do equipamento no carro será considerada infração gravíssima, com multa de R$191,54 e sete pontos na carteira de motorista.
Primordial para a segurança de crianças, o uso da cadeirinha é agora obrigatório. A lei entra em vigor hoje. A ausência do equipamento no carro será considerada infração gravíssima, com multa de R$191,54 e sete pontos na carteira de motorista.
A medida se originou da ideia de evitar riscos às crianças em caso de acidentes, já que a Organização Mundial da Saúde afirmou que a utilização correta da cadeirinha reduz em 70% a possibilidade de morte de um bebê em acidente. "Quando forem até uma loja especializada, os pais devem procurar a cadeirinha de acordo com o peso da criança. O grupo O+ são para crianças de 0 a 9 kg; grupo I e II para crianças de 9 a 25 kg; grupo II e III para crianças de 15 a 36 kg. É importante que os dispositivos tenham selo de aprovação do Inmetro"
Outra medida que ajuda na escolha da cadeirinha apropriada é a classificação por idades. Até um ano, o pequeno deve utilizar o bebê conforto voltado para o vidro traseiro do carro; crianças de um até quatro anos, a cadeira de segurança. Já as maiores, de quatro até sete anos e meio, terão sua segurança garantida por um assento de elevação com cinto de três pontos.
A lei promete bons resultados, pois, segundo o DataSensus – Ministério da Saúde – 1.200 crianças morrem por ano vítimas de acidente de automóvel e cerca de 10.000 crianças por ano sofrem lesões irreversíveis. "Testes comprovam que crianças usando cadeirinha de segurança tem até 71% de chance de sobreviver em um acidente de carro e o uso da cadeirinha reduz a necessidade de hospitalização de crianças até 4 anos em 69%", comprova Carlos Della Riva, supervisor de projetos da fábrica Burigotto, especializada em dispositivos de retenção.
De um ano para cá, só cadeirinhas certificadas pelo Inmetro podem ser vendidas nas lojas. Até a semana passada, havia 88 modelos, de 14 empresas, aprovados. No mercado de artigos infantis, existem modelos de cadeirinhas que variam de R$150 a mais de mil reais. "O que os pais precisam perceber é que, se existe uma lei, é porque essa mudança de atitude pode evitar danos maiores. Primeiramente, os pais precisam ir até uma loja e conhecer os produtos. Então ele escolhe o que mais cabe no gosto e no bolso. O importante é proteger as crianças", explica a proprietária da loja Pingo de Gente.