dia_mundial_da__a_g_u_a

Em 100 anos, produção de água terá que crescer oito vezes

Dia Mundial da Águadia_mundial_da__a_g_u_a

Proteger hoje para ter água amanhã. Essa premissa não é nova, mas no Dia Mundial da Água, comemorado hoje, ela é novamente lembrada. Até porque os recursos hídricos têm limites. Já a população nos grandes centros, não. Curitiba, por exemplo, é uma das capitais que mais cresce no País. Isso quer dizer que o volume de água potável produzido pela Sanepar tem que ser crescente.

Hoje, a Sanepar produz 7 mil litros por segundo para abastecer os mais de 3 milhões de habitantes da Região Metropolitana.

 

Num cenário daqui a 100 anos, a estimativa é que a RMC tenha 24 milhões de pessoas. Numa conta grosseira, seria preciso produzir 56 mil litros de água por segundo para “matar a sede de tanta gente”. Então, de onde tirar tanta água?“O Paraná está numa situação confortável hoje. Mas isso só se manterá se houver uma política de proteção dos recursos hídricos para o futuro”, diz a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa.

 

E como parte desta política que se imagina para o futuroi, desde o ano passado a Sanepar, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e a Agência Nacional das Águas (ANA), preparam um atlas com o potencial hídrico do Estado. Esse levantamento é importante para  definir futuros mananciais para abastecer as cidades. Atualmente, a Sanepar já capta a água para consumo em mais de 300 mananciais superficiais — rios, córregos, lagos e represas — e de 900 poços de águas subterrâneas em todo o Estado. A Sanepar fornece água tratada para 344 dos 399 municípios paranaenses.  Os dados da Grande Curitiba são um dos que já estão praticamente prontos. A Sanepar vai investir nos próximos anos no Sistema Miringuava, inclusive com a formação de uma nova barragem. Mas até daqui 50 anos, já sabe que vai ter que buscar água mais longe para suprir a demanda.

As águas da represa do Capivari-Cachoeira, em Campina Grande do Sul, do Rio da Várzea, em Mandirituba e Tijucas do Sul, e do Rio Açungui, no Vale do Ribeira, um dia vão abastecer os habitantes da RMC. Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa também têm levantamentos de futuros mananciais possíveis, que inclui a utilização de grandes rios e de águas subetrrâneas. Mas essas águas só servirão se forem protegidas desde já.