Justiça determina prisão preventiva de quatro servidores públicos de Bandeirantes

Justiça determina prisão preventiva de quatro servidores públicos de Bandeirantes denunciados por peculato e associação criminosa.

O Juízo da Comarca de Bandeirantes, no Norte Pioneiro paranaense, determinou a prisão preventiva de quatro servidores públicos denunciados pelo núcleo de Santo Antônio da Platina do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pela 1ª Promotoria de Justiça de Bandeirantes. Os réus foram denunciados por peculato e associação criminosa.

As denúncias decorrem da Operação Alecto, deflagrada em 27 de novembro, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos e na Prefeitura de Bandeirantes, além do sequestro de bens e outras medidas cautelares.

Segundo foi apurado pelo Ministério Público do Paraná, o grupo de servidores, lotados na Prefeitura de Bandeirantes, uniu-se com a finalidade de desviar valores das contas bancárias do Município para suas próprias contas-salário, prevalecendo-se dos acessos aos sistemas que seus cargos lhes proporcionavam. Para camuflar os desvios, adulteravam os extratos bancários e fraudavam as prestações de contas.

Apenas no período de janeiro de 2017 a abril de 2018, os denunciados desviaram para suas contas R$ 881.741,06. As investigações continuam, pois há indícios de que houve desvios também em períodos anteriores.

A Operação Alecto:

O núcleo de Santo Antônio da Platina do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), a 2ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio e a 1ª e a 2ª Promotorias de Justiça de Bandeirantes deflagraram nesta terça-feira, 27 de novembro, a Operação Alecto, que visa apurar a prática dos delitos de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro em Bandeirantes, no Norte Pioneiro do Paraná.

 

As investigações demonstraram a formação de um grupo de servidores lotados na Prefeitura de Bandeirantes que se uniram com a finalidade de desviar valores das contas bancárias do Município para suas próprias contas-salário, prevalecendo-se dos acessos aos sistemas e fraudando as prestações de contas. Apenas no período referente a 2017, constam desvios de valores não justificados de quase R$ 900 mil.

Na manhã desta terça-feira, estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária contra os servidores e cinco mandados de busca e apreensão em suas residências e na sede da Prefeitura de Bandeirantes.

Além disso, foram expedidas ordens de sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias dos investigados e expedidas ordens de quebra de sigilo bancário, fiscal e financeiro dos investigados, a fim de aferir o destino dos valores.

Para o cumprimento dos mandados, a operação conta com o apoio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dos Batalhões da Polícia Militar em Jacarezinho e Cornélio Procópio e das Promotorias de Justiça de Cornélio Procópio, Wenceslau Braz, Andirá e Congonhinhas.

Assessoria de Comunicação