Na “volta” às aulas greve de professores deixa 950 mil alunos sem aulas
Os 950 mil alunos das escolas estaduais do Paraná, que compareceram a um dos 2.100 estabelecimentos de ensino para começar o ano letivo de 2015, descobriram que terão o período de férias prolongado. Em greve por tempo indeterminado, os professores foram para as escolas com a finalidade de explicar aos pais e alunos que não haveria aula. A paralisação foi aprovada em assembléia da categoria realizada no último sábado, 7, em Guarapuava, na região Centro Sul do Paraná.
Os professores distribuíram um comunicado sobre a paralisação dos trabalhos. O mesmo deverá ocorrer no período da tarde e da noite nas escolas e colégios da rede municipal de ensino.
Em Curitiba, os professores se concentram nesta manhã de segunda-feira, 9, em frente à Assembléia Legislativa do Estado, no Centro Cívico. Eles participarão de uma audiência pública promovida pelo deputado estadual Professor Lemos, marcada para as 9 horas. O objetivo do debate é esclarecer o impacto das medidas adotadas nas aposentadorias dos servidores do Estado pelo governador Beto Richa, chamada de “pacotaço de maldades”.
O diretor de comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, explicou que a greve foi definida por causa dos cortes promovidos pelo governo do estado associadas a proposta de acabar com direitos dos professores. A assembléia que aprovou a paralisação foi realizada em Guarapuava, na região Centro-Sul do Estado, e contou com a presença de 5.000 professores, segundo contabilidade da APP-Sindicato.
De acordo com o sindicato, os educadores entendem que a atual gestão implantou desmantelou as escolas. O desmonte é resultado da falta de repasses aos estabelecimentos de ensino, demissão de profissionais, redução do número de turmas, aumento do número de alunos nas salas de aula, atrasos e falta de pagamentos de benefícios dos trabalhadores, eliminação de programas e projetos educacionais.
Em nota, a Secretaria da Educação lamentou a decisão pela greve dos professores e lembrou que, nos últimos quatro anos, a categoria recebeu 60% de reajuste salarial e a ampliação de 75% na hora-atividade, dois avanços históricos em vencimentos e benefícios. Ainda segundo o governo, em 2014, os investimentos do Paraná no setor superaram em R$ 1,8 bilhão o mínimo constitucional e o Estado aplicou na área 35% do orçamento.
FONTE – BEMPARANA